Fundação da Cidade 

Em janeiro de 1504, o navegador português Gonçalo Coelho, entrou pela primeira vez na baía de Guanabara. Gonçalo Coelho teve a primeira tentativa de ocupação e de relação com os índios. Esse local da instalação primitiva foi denominado de Carioca. Mas em 1519, a baía estava abandonada, foi quando Femão de Magalhães passando por ela, lhe deu o nome de baía de Santa Luzia. Nos anos que se viriam, os portugueses não tiveram interesse de se instalar, mas continuaram com as expedições particulares de exploração, principalmente do pau-brasil. Em meados do ano de 1555 a França aproveitando-se do abandono português,  estabeleceu durante 10 anos em uma pequena colônia na baía do Guanabara. Mas no governo de Mem de Sá ouve a tentativa, e o sucedida retomada do território pelos portugueses em 1560, expulsando os franceses e destruindo suas fortificações na baía. Os portugueses, desta vez, não iriam abandonar mais a sua preciosa conquista. Foi então, que a Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi fundada em 1º de março de 1565, por Estácio de Sá. Mas em 1567, devido a uma infecção causada por uma flecha em seu rosto, faleceu um mês após uma vitória em combate contra os franceses. 

A metrópole carioca, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, nasceu entre o Pão de Açúcar e o morro chamado da Cara de Cão (hoje São João). Após a Morte de Estácio de Sá, o seu tio e governador-geral Mem de Sá, percebeu que a localização da cidadeem primeira instância era mais um ponto estratégico do que um centro favorável ao desenvolvimento da cidade. Por isso transferiu a sede da cidade para o morro de S. Januário. O morro estava em uma parte envolta por lagoas, pântanos e planícies; nessas condições, a sede foi fortificada e ai se estabeleceram as autoridades militares, civis e religiosas. Passou, em seguida, o governo do Rio de Janeiro para outro sobrinho, Salvador Correia de Sá. Com o primeiro governo de Salvador Correia de Sá em 1568, inicia-se o que poderíamos chamar de dinastia carioca dos Correia de Sá. Com grande e enorme prestígio no Rio de Janeiro, por quase um século três gerações dos Correia de Sá governariam o Rio de Janeiro repetidas vezes. Começou com Salvador de Sá um ativo movimento de colonização dos lados de Irajá, Inhaúma, Suruí, Inhomerim e também de Niterói e de Magé. No tempo de Cristóvão de Barros (1572), sucessor de Salvador de Sá, resolveu dividir a metrópole em dois governos distintos, o do Norte, com a sede na Bahia, e do Sul, com sede no Rio de Janeiro 

Ocupando posição estratégica no litoral sul da colônia, na Baía de Guanabara, a povoação cresce como região portuária e comercial. No século XVIII, com o desenvolvimento da mineração, o Porto do Rio de Janeiro torna-se o principal centro exportador e importador para as vilas de Minas Gerais, por onde saem ouro e diamantes e entram escravos e manufaturados, entre outros produtos. Em 1763 a cidade transforma-se na sede do Governo Geral, em substituição a Salvador. 
 
Em 1808, com a chegada da família real, o Rio torna-se a sede do governo português. Após a independência, a cidade continua como capital, enquanto a província enriquece com a agricultura canavieira da região de Campos e, principalmente, com o novo cultivo do café no Vale do Paraíba. Para separar a província e a capital do Império, a cidade converte-se, em 1834, em município neutro e a província do Rio de Janeiro passa a ter como capital Niterói. 
 
Como centro político do país, o Rio concentra a vida político-partidária do Império e os movimentos abolicionista e republicano. Durante a República Velha, com a decadência de suas áreas cafeeiras, o estado perde a força política para São Paulo e Minas Gerais. 
 
O processo de enfraquecimento econômico e político do Rio continua após a Revolução de 1930. A economia fluminense não se beneficia da industrialização, apesar de o estado ser escolhido para sediar a Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, ponto de partida para a implantação da indústria de base no país.