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Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro

Local: Rua Mariz e Barros, 273, Bairro da Tijuca, Rio de Janeiro.
Inauguração da obra: 11930, pela Sociedade Comercial e Construtora Ltda.
Projeto dos arquitetos Brunhs & Cortez.

Fig. 1 - Implantação

O Estilo Neocolonial era um movimento em prol da criação de um estilo arquitetônico que buscaria uma identidade brasileira, as raízes de uma nação que então ressurgia em uma estrutura republicana. Germinou em São Paulo a partir da atuação do arquiteto Ricardo Severo, na década de 1910, e ganhou força no Rio de Janeiro, nos anos 20. O novo estilo foi batizado de neocolonial por seu patrono, o médico José Marianno Filho. O movimento buscava, sem dúvida alguma, as raízes da cultura arquitetônica produzida no Brasil no passado colonial. Os exemplares arquitetônicos dessa fase evitaram os emblemáticos e excessivos ornamentos utilizados na fase anterior. O estilo retornou às tradições, porém, estava relacionado com a introdução de novas técnicas e, também, com as influências estrangeiras que a arquitetura brasileira englobava. As formas eram do passado, sem qualquer preocupação com a recuperação ou interpretação das técnicas construtivas tradicionais; aplicava as formas sobre estruturas modernas de concreto armado, simulando as antigas construções pelo efeito de massas de alvenaria. 
 

Fig. 2 - Escola normal em 1930

Em 1927 o Prefeito adquiriu o terreno da Rua Mariz e Barros e instituiu um concurso para arquitetos para escolha do projeto da Escola Normal. São escolhidos os arquitetos Brunhs & Cortez, e a construção, em estilo neocolonial, termina em 1930. Como cita Bruand em seu livro, a mais importante realização oficial no estilo neocolonial foi a Escola Normal do Rio de Janeiro (hoje, Instituto de Educação). Nela pode-se perceber a inspiração da arquitetura monástica, tanto na parte externa, quando interna. 

Análise Fachada Principal

Fig. 4 - Análise fachada principal

- A construção é um dos poucos exemplares da arquitetura neocolonial que não houve mudanças; 

- A fachada é composta por elementos que remetem ao estilo barroco;

1 - Simetria em toda a edificação;

2 - Frontão sinuoso;

3 - Beiral com cornija. 

4 - Nicho;

5 - Estuque;

6 - Pseudo pilastras;

7 - Óculo;

8 - Balcões;

9 - Vergas à mostra;

10 - Varanda;

11 - Balaustra;

12 - Arcada;

13 - Pórtico;

14 - Misulas. 

Fig. 5 - Detalhe fachada

Análise Fachada Posterior

Fig. 6 - Análise fachada posterior

1 - Simetria;

2 - Cobertura em telhas de barro capa e canal, com inclinação elevada, tipico do estilo colonial;

3 - O pórtico tem destaque pelo seu formato oval; aterraçado com telhas com inclinação superior a toda edificação;

4 - Pseudo pilastras marcando a fachada oval;

5 - Pseudo balaustras;

6 - Pseudo balcão;

7 - Vergas à mostra.

Planta

Fig. 7 - Planta baixa 

Planta quadrangular, simétrica dos dois lados.  A edificação se desenvolve ao redor do pátio central em forma de claustro, circundado por três galerias superpostas que dão acesso as salas de aulas.

Pátio

Fig. 9 - Pátio interno

O pátio é composto por uma grande área para convivio, e ao centro se localiza uma fonte para um arremate da composição.

Interior

Fig. 9 - Sala de aula
Fig. 9 - Pátio interno envolto por corredor livre
Fig. 9 - Corredor amplo

O interior é simples, com pouquíssimas ornamentações. O projeto obteve grande sucesso no conforto ambiental. As salas são amplas e com pé-direito alto, possuem janelas grandes e envidraçadas, o que proporciona grande aproveitando de iluminação e ventilação natural. As paredes são duplas, com mais de 50cm de espessura, que além de serem estruturais, tornam o isolamento acústico muito bom. Os corredores bem espaçados foram criados para que os alunos tivessem a sensação de liberdade total de movimento.

D

Desenvolvido por: ALINE SPADETTO, THAIANE VERLY E THAIS ELLEN

Como trabalho avaliativo da disciplina: ARQUITETURA NO BRASIL

PROFESSORA: TATIANA CANIÇALI CASADO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES

Junho - 2016

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