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Arcos da Lapa
Trata-se de um monumento de arquitetura que originalmente servia para levar água potável desde o Rio Carioca na Floresta da Tijuca até o Largo da Ajuda e posteriormente ao largo da Carioca onde havia o Chafariz da Carioca, e também seguia daí a água até ao porto junto a Praça XV, desde a época da colônia. O aqueduto foi construído pelo engenheiro militar brigadeiro Alpoim e concluído em 1750. Com o tempo perdeu a sua função de aqueduto e em 1896 passa a atender o caminho do bonde de ferro da companhia de carris urbanos. Teve dois conjuntos de arcos ampliados, com a remoção de pegões, para melhorias de trânsito, depois reconstruídos. Além da remoção de quase todo o seu entorno imediato. Na década de 70 se constrói a estação de Bondes próxima a Avenida Chile.
Cronologia
Em 1673 é construído o primeiro aqueduto, conhecido como os Arcos Velhos. O Aqueduto levava as águas do Rio Carioca desde o Morro do Desterro ao Morro de Santo Antônio. Ele fazia desvios pelos morros e participaram nesta construção mão de obra de índios nativos e escravos.
Em 1700 o governador Sá e Menezes suspende a obra por má execução e depois de sete anos começa uma nova proposta com pedra e cal, com pedras das encostas do Morro das Laranjeiras e do Morro do Catete. A proposta é apreciada por Dom João e em 1723 a obra é concluída junto com a primitiva fonte da Carioca.
Em 1750 o governador Gomes Freire de Andrade, Primeiro Conde de Bobadela, conclui a reconstrução dos arcos, executada pelo Brigadeiro José Fernandes Pinto Alpoim, engenheiro militar de Viana do Castelo, norte de Portugal. O projeto de Alpoim seria de alvenaria de pedra com os berços dos arcos em tijolos, revestimentos de argamassa de cal, fechamento do leito e segundo relatos teria o mesmo se inspirado no Aqueduto das Águas Livres de Lisboa. Com a demora e o alto custo das obras, Dom João pede o apoio dos nobres locais, solicitando o empréstimo de seus escravos para participarem das obras.
Em 1872 é removido um dos pilares sobre a Rua dos Arcos para ampliar a via e criar melhorias viárias, constituindo-se um grande arco, sobre ela.
Em 1896 o Aqueduto passa a receber o Bonde de Santa Teresa instalado pela City Improvement, e seu leito é modificado, adaptado para os trilhos. Ele já possuía a platibanda com arcos ogivais vazados. O serviço de bondes na cidade do Rio de Janeiro se iniciou no ano de 1859, utilizando composições puxadas à tração animal.
Em 1938 o Aqueduto da Carioca é tombado na primeira lista do SPHAN, atual IPHAN.
Em 1948 outro pilar é removido, situado na atual Rua Mem de Sá, constituindo-se mais um grande arco. Inicia-se uma polêmica sobre a sua descaracterização com a remoção de seus pilares e ocorre a suspensão do seu tombamento. Havia uma idéia da Prefeitura de remover dois pilares ao invés de um para melhorar o fluxo na nova Rua Mem de Sá, projetos das vias Norte e Sul do IPLAN Rio.
Em 1950 e 1960 todas as residências existentes ao redor e nos próprios arcos inferiores são removidas e se forma uma grande praça.
No final dos anos 60 e início dos 70 a Prefeitura faz um projeto para a reconstrução dos arcos e pilares que foram removidos, voltando ao estado original do Aqueduto. Esta obra é licitada pela prefeitura e já nos anos 80 e é feita uma grande reinauguração dos Arcos da Lapa em 1988. Posteriormente se faz uma pintura nos anos 90.





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