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Solar da Marquesa de Santos

A Casa da Marquesa de Santos em São Cristóvão, é um exemplo da influência e padrões estéticos neoclássicos nas residências do Rio de Janeiro no século 19, foi reformada e até mimetizada de acordo com o estilo da época.

Após a reforma, as características neoclássicas se tornaram presentes na casa da Marquesa de Santos. Após o término da relação com D. Pedro I, a Marquesa deixou a casa em 1829. Posteriormente, novas modificações foram feitas ao longo do século, sendo que na decoração da fachada frontal está gravada uma data de 1857 que certamente marca uma das reformas já que no 2º Reinado pertenceu ao Barão de Mauá, o mais rico empresário da época.

Uma das principais modificações feitas na casa foi a elevação do pé direito do antigo sobrado, com intuito de permitir o revestimento do teto com gesso-estuque.

Análise Fachada Principal

- Simetria em todo o conjunto da fachada;

- Escala maior que a humana;

- Entrada principal, com arco pleno, mostrando sua maior importância no edifício;

- Outras aberturas com arco abatido, tanto janelas quanto as portas do pavimento superior;

- Colunas no pavimento térreo servindo de base para as colunas do pavimento superior, demostrando hierarquia;

- Colunas estilo jônico no segundo pavimento;

- Gradis de ferro nas portas servindo como pequenos balcões;

- Frontão simétrico, com tímpano decorado com estuque;

- Platibanda cobrindo o telhado, com ornamentos.

Análise Fachada Posterior

Fachada posterior que se volta para um grande jardim interno, com destaque para o salão oval que se projeta parcialmente para fora da fachada nos dois pavimentos.

Este salão, e as formas que gera na fachada, é sem dúvida a parte mais interessante da casa, criando um pouco de movimento e fantasia. Possui vãos de portas com arcos de cantaria, ou seja, feitos em pedra talhada, é bastante iluminado pelas janelas envidraçadas, dando visão para o pequeno lago, sugerindo integração com o exterior. Destacando-se juntamente com este, as escadarias em curva que descem externamente à céu aberto do segundo andar.

- Platibanda;

- Cornija clássica;

- Simetria;

- Gradis de ferro nas escadas e balcões;

- Aberturas com arcos plenos.

Interior

No andar térreo, voltando-se para a fachada principal, o hall de entrada, tendo a escadaria central à sua frente. De ambos os lados, pode-se ver na planta dois salões, que eram salas de estar para visitas. Voltado para os jardins e pequeno lago, o salão oval. Os outros cômodos do térreo, eram áreas de serviço da casa.

Já no segundo piso, situam-se os salões de festas e recepções e os aposentos íntimos da Marquesa. Voltados para a fachada principal, estão os Salões usados para recepções, festas e bailes que possuem portas–janelas com sacadas guarnecidas com gradis de ferro. E o salão oval do segundo piso, voltando-se para os jardins internos e pequeno lago, que possui uma escadaria externa que leva a estes mesmos jardins.

Quanto à decoração, as paredes possuem afrescos de Francisco Pedro do Amaral, um ex-aluno de Debret. O teto foi decorado pelos irmãos Ferrez, que eram parte integrante da leva de artistas francesas que vieram para fundar a Academia Real de Belas Artes.

Fachada Principal

Fachada Principal

Análise Fachada principal

Detalhe frontão

Fachada Posterior

Fachada Posterior

Análise Fachada Posterior

Detalhe lago com escultura

Planta

Planta

Interior escada

Interior Clarabóia

Interior salão

Implantação

A origem do neoclássico do Brasil geralmente é atribuída à Missão Francesa, contratada para fundar e dirigir no Rio de Janeiro a Escola de Artes e Ofícios, conhecida mais tarde, em 1826, como Imperial Academia de Belas Artes. Ela trouxe artistas como Jean-Baptiste Debret, Johann Moritz Rugendas e o arquiteto Grandjean de Montigny. A arquitetura da época firmou-se em duas versões: o neoclássico oficial, da Corte, quase todo feito de importações, e a versão provinciana, simplificada.

Na arquitetura urbana prevaleceu a clareza construtiva. Era caracterizada pela simplicidade do volume, com cornijas e platibandas como recurso formal. As paredes, de pedra ou tijolo, eram revestidas e pintadas de cores suaves, como o branco, rosa, amarelo e azul-pastel, apresentavam corpo de entrada salientes, com escadarias, colunatas e frontões e valorizavam a decoração dos interiores com revestimentos e pinturas. Em geral as linhas básicas da composição eram marcadas por pilastras, sobre as quais, nas platibandas, dispunham-se objetos de louça do Porto, como compoteiras ou figuras representando as quatro estações do ano, os continentes, as virtudes, etc. Janelas e portas se destacavam enquadradas em pedra aparelhada e arrematadas em arco pleno.

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Desenvolvido por: ALINE SPADETTO, THAIANE VERLY E THAIS ELLEN

Como trabalho avaliativo da disciplina: ARQUITETURA NO BRASIL

PROFESSORA: TATIANA CANIÇALI CASADO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES

Junho - 2016

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